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Ah se alguém me desse à chance de estar contigo outra vez... Não seria como antes quando acreditava em para sempre. E só de lembrar que eu tocava o céu sobre os ombros de um gigante... Arrepio-me à medida que meu olhar torna-se úmido e quente Hei gigante sei da tua proteção mesmo tão distante Hei gigante em qual estrada ficou perdida minha chance De dizer o quanto você foi imensamente grande De dizer o quanto foi enormemente importante Ah se alguém me desse à chance de regredir por um instante Não seria como antes quando acreditava em para sempre. E só de lembrar do teu sofrimento meu olhar torna-se úmido E eu me pergunto: por que a finitude tem lágrimas e sangue?

quinta-feira, 31 de março de 2011

A terapia cognitivo-comportamental no transtorno obsessivo-compulsivo

                                                                                                   Série de T.V: Monk

Este trabalho visa sintetizar o artigo “A terapia cognitivo-comportamental no transtorno obsessivo-compulsivo” que descreve o tratamento dos sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) a partir da terapia cognitivo-comportamental (TCC). A obra é de Arístides Volpato Cordioli. Este autor é responsável pelo Programa de Transtornos da ansiedade no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas: Psiquiatria, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
O TOC é caracterizado por obsessões e/ou compulsões que atrapalham o cotidiano do portador e lhe causa sofrimento. É um transtorno grave que compromete a qualidade de vida do paciente e de sua família. O tratamento dos sintomas do TOC é recente, nos últimos trinta anos introduziram-se três métodos efetivos: A Terapia de Exposição e Prevenção de Repostas (EPR), a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e os medicamentos antiobsessivos.
Alguns fatores biológicos, tais como a genética, tornam determinados indivíduos mais propensos ao TOC, porém fatores psicológicos são muito importantes no surgimento e manutenção dos sintomas.
Na década de 1960 a psicanálise ou a psicoterapia de orientação analítica eram os tratamentos propostos para o TOC, porém sua ineficácia fez com que teóricos ligados a teoria comportamental buscassem novas técnicas. Através de experimentos e observações descobriu-se que os rituais eram realizados para aliviar a ansiedade das obsessões e que, num período entre 15 e 180 minutos, um portador de TOC exposto as situações que evitavam, se abstendo dos rituais do TOC, tinham a ansiedade removida. Este fenômeno natural ficou conhecido como habituação e embasou a terapia de EPR.
Pesquisas afirmam que terapia de EPR é efetiva em cerca de 70% dos casos pacientes que aderem ao tratamento.
Não obstante, a terapia de EPR é pouco efetiva em pacientes que supervalorizam o conteúdo das obsessões ou que não tem motivação. Além disso, cerca de 20 a 30% dos pacientes não aderem ao tratamento. Destes empecilhos, surgiu a TCC que foca os pensamentos distorcidos do paciente portador de TOC. A TCC enfraquece as interpretações errôneas e significados negativos atribuídos a presença de pensamentos intrusivos diminuindo o impulso de executar rituais. Verificaram-se algumas limitações na TCC por exigir do paciente capacidade psicológica de raciocinar e ter insights e dos terapeutas muito mais estudo, porém a eficácia da TCC é semelhante a da terapia de EPR e dos antiobsessivos.
Na prática, a TCC é mais utilizada e recomendada para pacientes com pensamentos de conteúdo sexual, agressivo, blasfemo etc. Pode-se utilizar a terapia de EPR e TCC juntas, porém não há prova de que as duas terapias juntas sejam mais eficazes que usar apenas uma.
A técnica da TCC, grosso modo, segue as seguintes etapas: avaliação do paciente (onde se faz o diagnóstico e o prognóstico), a fase inicial (onde se introduz as técnicas) e a fase intermediária (onde aumenta a quantidade de exercícios até remover todos os sintomas e poder dar alta, a prevenção de recaídas e a terapia de manutenção). Para maior conhecimento existem vários manuais.
Antes de iniciar o tratamento é preciso esclarecer ao paciente sobre o TOC e o seu tratamento. Isso é importante para adesão ao tratamento. Depois se escolhe um ritual de intensidade leve e aplica-se a terapia de EPR, num segundo momento aplicam-se as técnicas da TCC. As sessões de TCC para TOC são focadas nos sintomas e o tratamento é breve. Após eliminar os sintomas recomendam-se sessões de reforço. Trabalhos confirmam algumas vantagens da TCC em relação aos medicamentos, porém estes ainda são a saída quando o paciente não adere ao tratamento da TCC.
Existe ainda, a TCC comportamental em grupo que também é eficaz e até favorável em relação a custo/benefício e adesão ao tratamento.
Resta explicar porque muitos portadores de TOC não respondem ao tratamento e desenvolver novas estratégias para tornar o tratamento mais efetivo.

Bibliografia:

CORDIOLI, Aristides Volpato. A terapia cognitivo-comportamental no transtorno obsessivo-compulsivo. Rev. Bras. Psiquiatr.,  São Paulo,  2011 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462008000600003&lng=en&nrm=iso>. access on  31  Mar.  2011.  doi: 10.1590/S1516-44462008000600003.

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